Quer entrar no mercado de trabalho ou está a pensar em mudar de emprego ou de área profissional?
Nos dias de hoje o caminho é bem desafiante! Mas há dicas que quando são bem implementadas podem fazer a diferença entre ser ou não ser selecionado para aquele emprego que tanto ambiciona.
O primeiro passo consiste em estruturar um currículo criativo e diferenciador. Compare um currículo com a capa de um livro. Muitas vezes decidimos se compramos ou não determinado livro olhando apenas para a capa. Para o recrutador o processo é semelhante… um currículo simples mas criativo, direto e bem estruturado pode ser decisivo.
Deixamos aqui algumas dicas que podem ajudá-lo a prender a atenção dos recrutadores:
1 – A estrutura do currículo é importante
O currículo deve começar com as suas informações pessoais: nome completo, idade, cidade onde reside, contactos e perfil no LinkedIn atualizado, para o caso do recrutador querer aceder a mais informações.
Num segundo campo deverá escrever um perfil pessoal, que consiste num breve resumo onde pode mencionar o seu atual emprego (se for o caso), ou a licenciatura/mestrado que terminou e também quais são os seus objetivos a nível profissional.
Logo de seguida vem a parte mais importante do currículo – a sua experiência profissional. Enumere o seu percurso profissional do mais recente para o mais antigo, com a data de início e fim. Detalhe as funções que desempenhou nos empregos mais direcionados à vaga de emprego a que se está a candidatar.
No campo a seguir, enumere a sua formação académica. Também deve enumerar da mais recente para a mais antiga e indicar as suas principais certificações.
No últimos campos do currículo, deve mencionar quais as línguas que fala e algumas das suas principais competências técnicas, como por exemplo: competências informáticas, mas não caia no erro de mencionar o Microsoft Word ou o Excel, porque o domínio destes programas é nos dias de hoje considerado o “básico”.
Pode ainda mencionar que tem carta de condução, caso seja pertinente para a vaga de emprego a que se candidata.
Não elabore um currículo muito extenso. Atualmente os recrutadores têm preferência por currículos curtos (no máximo 2/3 páginas). No caso de empresas internacionais, opte por currículos de apenas 1 página.
2 – Cuidado com os erros ortográficos ou gramaticais
Nenhum recrutador tem interesse em dar continuidade à leitura de um currículo se detetar erros ortográficos ou erros gramaticais. Para evitar que o seu currículo tenha erros, leia cuidadosamente o currículo várias vezes antes de enviar e se considerar necessário peça a outra pessoa (familiar ou amigo) para o ler antes. Pessoas que leem pela primeira vez, podem ter uma maior facilidade em detetar erros.
Currículos desformatados também são claramente um não por parte dos recrutadores.
Por fim, evite enviar um currículo com informações com pouca relevância e longos anexos com trabalhos e certificações.
3 – Referências…. sim ou não?
Todas as informações opcionais, como é o caso das referências, devem ser apenas mencionadas em situações em que o recrutador o exija, ou se for efetivamente pertinente para a vaga de emprego a que se candidata.
Por norma, quando este requisito não é solicitado, não é pertinente mencionar as suas referências. Pode até ser considerado desnecessário, tendo em conta que está apenas no início do processo de recrutamento. Se os recrutadores estiverem interessados, pedem-nas posteriormente.
4- Fotografia… sim ou não?
Nos dias de hoje a imagem não é considerada um fator importante pois não acrescenta qualquer informação pertinente sobre as competências laborais do candidato, por isso a fotografia não tem grande influência. Apenas em casos de trabalhos relacionados com representação, moda, ou alguns trabalhos em que se tenha contacto com o público, poderá ser relevante colocar fotografia.
No entanto, se optar por adicionar a fotografia, escolha uma atual, com boa qualidade, profissional e com fundo neutro.
5 – Redes sociais… inclui ou excluir do currículo?
Definitivamente sim! E quando falamos em redes sociais, estamos a falar principalmente do perfil na rede social profissional LinkedIn.
As entidades recrutadoras vão com toda a certeza ver o seu perfil nas redes sociais, por isso tenha sempre o seu perfil bem configurado e atualizado para que as possa impressionar.
6 – Destacar o meu currículo? Como?
O objetivo é destacar o seu currículo no meio de tantos outros que são enviados diariamente, certo?
Impressione ainda antes do recrutador ler o seu currículo!
Quando enviar o currículo por e-mail, escreva uma mensagem simples, curta e bem escrita a dizer qual a vaga a que se candidata e enumere três ou quatro pontos que justifiquem o motivo pelo qual se adapta aquela vaga de emprego.
Facilite o trabalho do recrutador e aproveite para deixar logo o seu contacto direto.
7 – Carta de motivação… sim ou não?
A carta de motivação consiste num pequeno resumo do seu percurso académico e profissional. Nesta carta pode e (deve) explicar quais os motivos que o levaram a candidatar-se aquela vaga de emprego em específico.
Seja qual for a idade ou área profissional enviar uma carta de motivação é sempre uma mais valia. No entanto, o envio das cartas de motivação são mais apreciadas para as candidaturas das pessoas mais jovens e que estão a entrar no mercado de trabalho pela primeira vez ou para pessoas que estão a mudar de área profissional.
Se enviar uma carta de motivação deve preocupar-se em escrever sempre de forma correta, não caindo no erro de usar uma linguagem corrente. Quanto à formalidade, nem sempre é necessário usar uma linguagem formal. Na verdade, deve adaptar o tipo de linguagem ao trabalho para o qual se está a candidatar.
8 – Carta de motivação ou perfil pessoal no currículo?
Nos últimos anos a carta de motivação tem vindo a ser substituída pela elaboração de um perfil pessoal ou profissional que se coloca no topo do currículo. Tal como a carta de motivação, o perfil pessoal consiste numa breve apresentação pessoal que crie no potencial empregador uma visão positiva sobre si, sobre a sua a experiência profissional, principais competências e ambições.
A grande diferença é que ao contrário da carta de motivação, o perfil pessoal já está integrado no currículo.
Atualmente, escrever um breve perfil pessoal no topo do currículo é o modelo mais usado, mas se preferir e considerar pertinente enviar uma carta de motivação, não deixa de ser um complemento importante ao currículo.
Para se destacar da multidão de pessoas à procura de emprego, para além de ter um CV muito bem apresentado deve assumir uma abordagem original.
A título de exemplo, pense em apresentar um CV em formato de vídeo como fez o Daniel Sério.